Biografia - Andre Matos (Parte 1)

Salve, Headbangers desse país verde-amarelo! Tudo bom com vocês?

Como muitos de vocês devem saber, ontem (dia 14/09/2012) foi aniversário de ninguém mais, ninguém menos do que o mestre Andre Matos! E como não podia deixar de ser, resolvi publicar aqui uma modesta biografia do cara. Para não ficar muito cansativo (nem pra mim e nem pra você, leitor), eu resolvi separar a biografia em duas partes, sendo esta primeira dedicada ao período que compreende desde os primórdios do Viper até a debandada do Shaman/Shaaman.

Viper

Andre Matos começou bem cedo no negócio, tendo iniciado suas aulas de piano e música aos 10 (!) anos de idade. Aos 13, uniu-se aos amigos Pit Passarell (Baixo), Yves Passarel (Guitarra), Felipe Machado (Guitarra) e Cássio Audi (Bateria) para formar o Viper. No início Andre tocava teclados, mas com a falta de um vocalista, e após uma votação para decidir qual dos membros assumiria o posto, nosso herói assume os vocais do Viper, por livre e espontânea pressão (risos). A idade tenra dos membros da banda (todos adolescentes), somada ao visual "Bruce Dickinson" de Andre ajudaram-nos a ter boa repercussão no cenário underground brasileiro. Houve até uma brincadeira de algumas pessoas, que denominaram a banda como "Os Menudos do Metal" (mais risos). Os Menud... Er... digo, o Viper gravou a demo The Killera Sword em 1985, e os aclamados clássicos do Metal nacional Soldiers of Sunrise em 1987 e Theatre of Fate em 1989.
A banda teve ótima repercussão mundial, na Europa e principalmente no Japão, naturalmente fazendo com que o álbum fosse lançado por lá. Após o lançamento de Theatre of Fate, Andre Matos resolve deixar o Viper para se dedicar aos estudos de música. Anos depois, graduou-se em Regência Orquestral e estudou canto lírico por sete anos.

Angra

 Antonio Pirani, dono da revista Rock Brigade e ex-empresário de Andre no Viper, reúne Andre com outros músicos jovens e talentosos. A ideia da banda era fazerem uma miscelânea entre o Metal, música erudita e música regional. Dessas misturebas todas, nasce o Angra. Completavam o line-up do Angra o guitarrista Kiko Loureiro (consolidado como guitarrista oficial da banda após várias trocas de formação), o baixista Luis Mariutti e o baterista Marco Antunes. Marco sai da banda, e o responsável pela gravação da bateria do primeiro álbum foi o alemão Alex Holzwarth, com Ricardo Confessori assumindo as baquetas um tempo depois. Com o Angra, Andre gravou os seguintes trabalhos : Reaching Horizons (demo tape de 1992), o álbum Angels Cry em 1993, o EP Evil Warning em 1994, a demo tape Eyes of Christ em 1995 e o álbum Holy Land em 1996. Ainda em 1996, o Angra lançou o single "Make Believe" e o EP Freedom Call, em 1997 o EP ao vivo Holy Live e em 1998 os singles "Lisbon" e "Rainy Nights" e o álbum Fireworks. Nessa mesma época, Andre participou de um concurso mundial para que fosse decidido quem seria o substituto de Bruce Dickinson no Iron Maiden. O próprio já disse em entrevista que foi um dos três finalistas, sendo os outros dois um australiano e Blaze Bayley, na época vocalista do Wolfsbane, que foi o vencedor. Depois do álbum Fireworks, Andre deixa a banda devido a problemas com o empresário, levando consigo os colegas Ricardo Confessori (bateria) e Luis Mariutti (baixo).

Virgo, Participações no Avantasia e Shaman/Shaaman

Andre, junto com seus companheiros recém-saídos do Angra, forma a banda Shaman. Eles resolvem levar adiante a proposta musical do Angra, ao mesmo tempo explorando novos horizontes. O guitarrista Hugo Mariutti, irmão de Luis, é quem assume as seis cordas, e a banda resolve seguir com apenas um guitarrista. Nesse meio tempo, Andre se une ao guitarrista e produtor Sasha Paeth, criando com ele o projeto Virgo, tendo seu álbum homônimo lançado em 2001. O álbum é uma miscelânea de diversas influências, indo do Pop ao Rock clássico e Progressivo. Além disso, Andre ainda participou do projeto Metal Opera Avantasia, de Tobias Sammet, ainda em 2001.
Em 2002, o álbum Ritual do Shaman é finalmente lançado, com a banda assinando contrato com grandes selos no Brasil e no exterior. Ritual conta com as participações especiais de Marcos Viana (violinista da lendária banda de Rock Progressivo Sagrado coração da Terra) tocando violino na faixa "Over Your Head", Tobias Sammet (vocalista do Edguy e do Avantasia) fazendo alguns vocais na faixa "Pride" e o acima citado Sascha Paeth (ex-guitarrista do Heaven's Gate e renomado produtor, tendo produzido álbuns para as bandas Rhapsody, Kamelot, Epica, entre outros) também em "Pride". Andre volta a participar do Avantasia no segundo álbum do projeto. Em dezembro de 2003 é lançado o DVD RituaLive, que além de ter participações dos já citados músicos, ainda conta com dois membros do Helloween, Andi Deris e Michael Weikath, nos vocais e guitarra, respectivamente. O show foi gravado no Credicard Hall, com a banda tocando para um público de aproximadamente 7000 pessoas. Em 2005 a banda resolve mudar o nome, adicionando mais um "a" à grafia. O agora Shaaman (mesma pronúncia) lança o seu segundo álbum, Reason. No álbum pode-se notar uma banda com um som mais "moderno" e "direto" com fortes influências de World Music, dividindo opiniões, mas mesmo assim com uma bem sucedida turnê mundial. Em 2006, Andre e os irmãos Mariutti resolvem sair da banda. Era o início de uma nova fase na carreira do nosso ídolo.

Continua...


Fontes: Wikipedia (artigos do Angra e do Andre Matos) e Biografia do Andre Matos no Whiplash